quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Valente Nguenha (Malangatana)



Nasceu em Matalana, em 1936. Foi pastor de gado, aprendiz de nyamussoro ( médico tradicional), criado de meninos, apanhador de bolas e criado no clube da elite colonial de Lourenço Marques.

Tornou-se artista profissional em 1960, graças ao apoio do arquitecto português Miranda Guedes ( Pancho) que lhe cedeu a garagem para atelier.
Acusado de ligações à FRELIMO, foi preso pela polícia colonial juntamente com os poetas José Craveirinha e Rui Nogar.

Contrariamente aos seus companheiros, não se provou tal envolvimento pelo que acabou absolvido, após quase 2 anos de prisão.
Mas nas suas obras sempre esteve patente a denúncia à opressão e após a Independência teve vários envolvimentos na área política, tendo sido deputado pelo Partido Frelimo de 1990 até 1994 e hoje é um dos membros da Frelimo na Assembleia Municipal de Maputo.

Foi um dos criadores do Movimento para a Paz e pertence à Direcção da Liga de Escuteiros de Moçambique. Fundou o Museu Nacional de Arte e procurou manter e dinamizar o Núcleo de Arte ( associação que agrupa os artistas plásticos).
Muito ligado à criança, tem colaborado intensamente com a UNICEF e durante alguns anos fez funcionar a escola dominical "Vamos Brincar", uma escola de bairro.

Participa de exposições coletivas, desde 1959, em várias partes do mundo para além de Moçambique nomeadamente África do Sul, Angola, Brasil, Bulgária, Checoslováquia, Cuba, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Grã-Bretanha, Holanda, índia, Islândia, Nigéria, Noruega, Paquistão, Portugal, RDA, Rodésia, Suécia, URSS e Zimbabué.

Malangatana foi membro do Júri do Primeiro Prémio Unesco para a Promoção das artes; é membro permanente do Júri " Heritage", do Zimbabué; foi membro do Júri da II Bienal de Havana; da Exposição Internacional de Arte Infantil de Moscovo; de vários eventos plásticos em Moçambique e Vice-Comissário Nacional para área da Cultura de Moçambique para a Expo ‘98.



Fonte: Câmara de Comércio, Indústria e Agropecuária Brasil - Moçambique

Nenhum comentário:

Postar um comentário