sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Rogério Dinis - Cantor Moçambicano



Biografia

Aos 5 de Junho de 1969 com a emigração da sua mãe para Portugal Rogério Dinis vai viver com os Avôs a ilha de Inhaca. Aos 12 anos retorna a cidade de Maputo para continuar os seus estudos . De Maputo, vai ao encontro de sua Mãe a Portugal já lá estabelecida. É lá onde nasce o interesse pelo mundo da televisão.

Volvidos três anos em terras Lusas regressa para Moçambique afim de realizar o sonho de tentar a sorte na Televisão. Lugar onde entra para a então TVE (actual TVM) por via de João Ribeiro (actual realizador na STV) para o Programa Espaço Aberto. Primeiro como apresentador. Com a saida do João Ribeiro Rogério Dinis assume as rédeas do programa. Estamos nos anos 80. É o primeiro a introduzir o Kwassa Kwassa nos programas da TVE e também o "rap" americano.

Sob influência de músicas de cantores como Michael Jackson, Tupac Shakur nasce o seu interesse pela música.

A sua entrada para o mundo da música dá se pela mão de Zema, que depositou confiança nele, ainda que perplexo com a visão e ideais de Rogério Dinis, nome pelo qual é então conhecido. Estamos na decada 90. É nesta altura que Rogério Dinis imbuido por uma estratégia de Marketing decide adoptar o nome artístico de MC ROGER. É também nesta altura que o já MC ROGER lança o seu primeiro Disco Compacto (CD), Moçambique Minha Paixao onde figura o seu primeiro sucesso intitulado "EM Maputo me sinto bem"

Lançada a sua primeira obra MC nunca mais pára, até porque o primeiro CD vende 10.000 copias correspondentes, a um disco de prata. A seguir arrecada mais três discos de ouro, na sequência de outros dois albuns nos quais contracena com Mr. Arseen. Contacto feito a MC Roger no seguimento do já anunciado sucesso de MC Roger com o titulo Moçambique minha Paixão.

Produzidos alguns albuns em parceria, Mr. Arssen, se decidi por uma carreira a solo,acto acarinhado por MC Roger. Ele, MC Roger, que prossegue a sua carreira com um potencial de ascenção que se concretiza com a sua actuação a solo no single Tú es Bela, música que acompanhada do respectivo video gravado em Moçambique e em Portugal vem confirmar um MC Roger seguro e com créditos firmados. Tal se pode comprovar pelos sucessos seguintes, tais como:"Tu és bela", "Mexe esse Mambo", "Zakaza" e o sucesso de 2007 "Patrão é Patrão".


Fonte: Som África

Músicas que falam de Moçambique

Poesia Noçambique
Ilê Aiyê
Composição: Adailton Poesia E Valter Farias

Moçambique
O Ilê canta você
E a sua resistência
Pra poder sobreviver
Rei Hanga e a multi-coalizão
Desde os primórdios da luta
Contra a Euro-exploração

Pra se olhar Moçambique de verdade
O Ilê Aiyê
Lembra a Luso Sangria e a pilhagem
E faz um coro
Junto a Samora Machel
Cantando abaixo ao tribalismo
Lusa herança e cruel

Meu amor é você Ilê
Meu amor é você Ilê
Moçambique Vutlari
É um sonho de liberdade
Gungunhana e Zumbi
O vento é o povo
É o poder popular
Gente a luta continua
Xiconhoca Aqui não dá

É o coral negro
Numa singela homenagem
A Moçambique e o ideal de identidade
Mais uma coisa
Eu canto com muito prazer
Josina Muthemba e a Frelimo
Correm em veias do Ilê


Vozes Da Floresta Macua
Ilê Aiyê
Composição: Guellwar

Vou de Ilê pra falar de Moçambique
Pode até dobrar o repique
Samora, guerreiro, Mashell
Negra estrela a brilhar no céu
Filha de África, maravilha de África
Macondes ... resistência feminina
Onde Negras mulheres não se curvam ao machismo universal
E contra mão colonial
Viva Samora Mashell
Que em nome da Independência
Botou Portugal no banco dos réus
Gungunhana Vutlari
Samora Mashell – Moçambique
Vou de Ilê, pra falar de Moçambique
Pode dobrar o repique Banda Aiyê ...
Maputo, Zambézia, Sofala
Filha de África, maravilha de África
Um Shangana me ensinou a ter orgulho dos meus ancestrais
Quando a mão bela jogar o Tinholo
Shykuembu vai responder e o Ilê Aiyê todo vai cantar:
Nyereré, Nyereré ... a luz do Pantera Negra
Nyereré, Nyereré ... Josina Muthemba Mashell
Nyereré, Nyereré ... Deusa do Ébano de Moçambique
Nyereré, Nyereré ... Negra, guerreira e feminista


Fonte: Terra - Letras de Música


Esse Ilê Aiyê é o primeiro bloco afro da Bahia, participante
do carnaval de Salvador, constitui um grupo cultural de luta pela valorização e inclusão da população afro-descendente,
e mostra nas suas músicas essaa valorização da cultura africana.
Essas duas mostradas, em especial, fala muito sobre Moçambique e têm
letras muito interessantes...

A dança - Moçabique

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Fotos de Moçambique
















Castanha de caju



A castanha de caju possui proteínas ricas em aminoácidos essenciais e um alto teor de calorias, o que a torna não recomendada para pessoas com problemas relacionados com a obesidade.

Rica em proteínas e lipídios, seu óleo contém cerca de 70% de monoinsaturados, ou seja, um óleo leve, energético, muito parecido com o azeite que contém 76%. Sua composição média é de 26,4% de carboidratos, 47,2% de gordura e 19,6% de proteínas, além de fósforo, ferro e cálcio.

Um pouco da Culinária

Bolo Catembe




Tempo de preparação
1h30
Ingredientes
Bolo:
• 4 colheres de sopa de manteiga
• 3 colheres de sopa de margarina
• 2 chávenas de farinha de trigo
• 2 1/2 colheres de chá de fermento em pó
• 3/4 de chávena de açúcar
• 2 ovos
• 1/4 de colher de chá de sal
• 2/3 de chávena de leite.
Para a cobertura:
1/2 chávena de açúcar
1/2 chávena de castanha de caju torrada e moída
1/2 chávena de pão torrado
1/3 de chávena de manteiga derretida.
Modo de preparar
1. Espalhar a mistura de cobertura pelas paredes e fundo duma forma bem untada com manteiga. Meter a forma no frigorífico enquanto prepara o bolo.
2. Bater a manteiga e a margarina com o açúcar até obter um creme.
3. Juntar os ovos um de cada vez, batendo sempre.
4. Peneirar os ingredientes secos e adicionar a massa alternando com o leite.
5. Deitar a massa na forma às colheradas tendo o cuidado de não tocar na mistura que reveste a forma.
6. Levar ao forno a 375 graus, durante 45 a 50 minutos.

História de Moçambique

Moçambique é um país que se situa no Sudeste de África. Foi colonizado pelos Portugueses no Século XVI. Séculos mais tarde, concretamente no Século XIX, a colonia se estendeu para o interior do País. Em 1975, foi o ano de luta, Moçambique conseguiu a sua independência. Depois da independência, a guerra civil se apoderou do país, uma guerra entre a FRELIMO e a RENAMO. Esta guerra durou quase duas décadas até 1992 e deixou o país numa crise econômica.

Para falar da história deste país, voltamos para trás do tempo, século I, é neste momento quando esta região começa a povoar-se nos arredores do Rio Zambeze e nos arredores do vale e da costa. Estabelecem-se comunidades que se dedicavam a agricultura, assim como a conquistar territórios vizinhos. Esta situação se prolongou durante anos, depois foram os árabes que tiveram uma curta estadia nestas terras até que em 1498 a marinha e o descobridor português, Vasco da Gama, pós os pés nesta terra. Começando neste momento as primeiras fixações portuguesas que vinham de alguns dos pontos de Moçambique, portos naturais ideais para o atraque e ancoragem de barcos que seriam maiores problemas.

Sofala (Beira) foi o primeiro grande Porto, descoberto no Século XVI, o controlo do Rio Zambeze era também algo importante porque a partir de aqui ou aqui teve lugar a alta produtividade de alimentos. Também eram importantes a exploração no interior, em busca de Ouro.

Um século mais tarde, Moçambique era colónia portuguesa, os séculos vindouros a situação era mais ou menos muito similar, com a exploração dos portugueses nesta região. Tudo isso até o século XX começaram os primeiros focos da independência de Moçambique, uma situação que preocupava as empresas estrangeiras (mineiras e madeireiras) que tinham bases na zona, uma zona industrializada na que os britânicos haviam instalado incluso os caminhos de ferro.

A pressão social foi crescendo ano após ano, nasce a FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique), que os levaria a órgãos administrativos do país pouco a pouco, e se converte em guerrilha. Em Setembro de 1964, tem lugar a primeira grande campanha independentista, uma situação que se repete em outras colónias portuguesas de África como Angola.

10 anos mais tarde, Moçambique toma a liberdade, a sua independência é a 25 de Junho de 1975, é neste momento em que a FRELIMO e a RENAMO entram em disputa, pelo poder. A RENAMO - Frente de Resistência Nacional de Moçambique (financiado pelo governo do Apartheid Sul Africano) entra na guerra civil.

Era um novo governo, o primeiro presidente foi Samora Machel. Nestes anos de guerra e destruição, a maior parte dos portugueses que viviam em Moçambique saíram do país, houve um êxodo maciço, assim como muitos moçambicanos que procuravam refúgio em países vizinhos como por exemplo a Zâmbia. O Acordo Geral de paz só foi em 1992.

Desde então, foi iniciada uma nova era em Moçambique, uma vez que o ouro e a madeira foram substituídos pelo turismo como uma fonte de receita, embora ainda não é um país que tem uma oferta significativa de hotéis, apartamentos e casas onde se hospedar, não é um país com uma enorme infra-estrutura, mas está a caminho.



Fonte: Costasur Moçambique

Hino de Moçambique

Na memória de África e do Mundo
Pátria bela dos que ousaram lutar
Moçambique, o teu nome é liberdade
O Sol de Junho para sempre brilhará


Moçambique nossa terra gloriosa
Pedra a pedra construindo um novo dia
Milhões de braços, uma só força
Oh pátria amada, vamos vencer

Povo unido do Rovuma ao Maputo
Colhe os frutos do combate pela paz
Cresce o sonho ondulando na bandeira
E vai lavrando na certeza do amanhã


Moçambique nossa terra gloriosa
Pedra a pedra construindo um novo dia
Milhões de braços, uma só força
Oh pátria amada, vamos vencer

Flores brotando do chão do teu suor
Pelos montes, pelos rios, pelo mar
Nó juramos por ti, oh Moçambique
Nenhum tirano nos irá escravizar


Moçambique nossa terra gloriosa
Pedra a pedra construindo um novo dia
Milhões de braços, uma só força
Oh pátria amada, vamos vencer

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

José João Craveirinha



Nasceu em Maputo, antiga Lourenço Marques, em Maio de 1922 e faleceu em 6 de Fevereiro de 2003, na sua cidade natal. É considerado o poeta maior de Moçambique. Em 1991, tornou-se o primeiro autor africano galardoado com o Prémio Camões, o mais importante prémio literário da língua portuguesa.

Como jornalista, colaborou nos periódicos moçambicanos O Brado Africano, Notícias, Tribuna, Notícias da Tarde, Voz de Moçambique, Notícias da Beira, Diário de Moçambique e Voz Africana.

Utilizou pseudónimos como: Mário Vieira, J.C., J. Cravo, José Cravo, Jesuíno Cravo e Abílio Cossa. Foi presidente da Associação Africana na década de 1950.

Esteve preso entre 1965 e 1969 por fazer parte de uma célula da 4ª Região Político-Miltar da Frelimo. Primeiro Presidente da Mesa da Assembleia Geral da AEMO (Associação dos Escritores de Moçambique) entre 1982 e 1987.

Na sua autobiografia escreveu:

"Nasci a primeira vez em 28 de Maio de 1922. Isto num domingo. Chamaram-me Sontinho, diminutivo de Sonto. Isto por parte da minha mãe, claro. Por parte do meu pai, fiquei José. Aonde? Na Av. Do Zihlahla, entre o Alto Maé e como quem vai para o Xipamanine. Bairros de quem? Bairros de pobres.

Nasci a segunda vez quando me fizeram descobrir que era mulato.
A seguir, fui nascendo à medida das circunstâncias impostas pelos outros. Quando o meu pai foi de vez, tive outro pai: seu irmão.

E a partir de cada nascimento, eu tinha a felicidade de ver um problema a menos e um dilema a mais. Por isso, muito cedo, a terra natal em termos de Pátria e de opção. Quando a minha mãe foi de vez, outra mãe: Moçambique".

Fonte: Câmara de Comércio, Indústria e Agropecuária Brasil - Moçambique

Bertina Lopes



Sobre Bertina Lopes podemos citar um texto da jornalista italiana Paola Rolleta: "Na história da pintura, muitas vezes o seu nome é posto ao lado da mexicana e grande artista, Frida Khalo. Duas vidas certamente diferentes, mas com traços comuns muito fortes, e sobretudo com qualidades pictóricas e humanas muito peculiares".

"A artista luso-moçambicana que vive há quarenta anos em Roma, com Franco, seu marido italiano proibiu-nos de chamá-la apenas moçambicana. Não quer. ‘Nas minhas veias corre sangue português, do meu pai, e sangue africano, da minha mãe. Desde sempre queria que todos me chamassem luso-moçambicana, só nos últimos anos consegui ter reconhecido esse meu direito', afirma com um brilho malandro nos olhos negros marcados com uma linha de kajal".

Os amigos chamam-lhe Mama B, "porque nela está corporizado o mito e a essência do nosso ser colectivo, o modelo e exemplo a seguir pelas novas gerações, a fonte inesgotável de inspiração nos nossos esforços de reconstrução e desenvolvimento nacional, de consolidação da tolerância e reconciliação, de trabalho árduo por um futuro melhor, em que estejam garantidos o pão, a paz, a harmonia e o bem-estar para todos." Palavras de Joaquim Chissano, antigo presidente de Moçambique. A senhora natural de Maputo é, segundo Malangatana, mãe e pai das artes plásticas moçambicanas. Estudou Belas Artes em Lisboa e deu aulas de desenho no tempo de José Craveirinha.

Obra de Bertina Lopes




Fonte: Câmara de Comércio, Indústria e Agropecuária Brasil - Moçambique

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Valente Nguenha (Malangatana)



Nasceu em Matalana, em 1936. Foi pastor de gado, aprendiz de nyamussoro ( médico tradicional), criado de meninos, apanhador de bolas e criado no clube da elite colonial de Lourenço Marques.

Tornou-se artista profissional em 1960, graças ao apoio do arquitecto português Miranda Guedes ( Pancho) que lhe cedeu a garagem para atelier.
Acusado de ligações à FRELIMO, foi preso pela polícia colonial juntamente com os poetas José Craveirinha e Rui Nogar.

Contrariamente aos seus companheiros, não se provou tal envolvimento pelo que acabou absolvido, após quase 2 anos de prisão.
Mas nas suas obras sempre esteve patente a denúncia à opressão e após a Independência teve vários envolvimentos na área política, tendo sido deputado pelo Partido Frelimo de 1990 até 1994 e hoje é um dos membros da Frelimo na Assembleia Municipal de Maputo.

Foi um dos criadores do Movimento para a Paz e pertence à Direcção da Liga de Escuteiros de Moçambique. Fundou o Museu Nacional de Arte e procurou manter e dinamizar o Núcleo de Arte ( associação que agrupa os artistas plásticos).
Muito ligado à criança, tem colaborado intensamente com a UNICEF e durante alguns anos fez funcionar a escola dominical "Vamos Brincar", uma escola de bairro.

Participa de exposições coletivas, desde 1959, em várias partes do mundo para além de Moçambique nomeadamente África do Sul, Angola, Brasil, Bulgária, Checoslováquia, Cuba, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Grã-Bretanha, Holanda, índia, Islândia, Nigéria, Noruega, Paquistão, Portugal, RDA, Rodésia, Suécia, URSS e Zimbabué.

Malangatana foi membro do Júri do Primeiro Prémio Unesco para a Promoção das artes; é membro permanente do Júri " Heritage", do Zimbabué; foi membro do Júri da II Bienal de Havana; da Exposição Internacional de Arte Infantil de Moscovo; de vários eventos plásticos em Moçambique e Vice-Comissário Nacional para área da Cultura de Moçambique para a Expo ‘98.



Fonte: Câmara de Comércio, Indústria e Agropecuária Brasil - Moçambique

Mia Couto



Nasceu na cidade da Beira, em 1955. António Emílio Leite Couto ganhou o nome Mia do irmãozinho que não conseguia dizer "Emílio". Segundo o próprio autor a utilização deste apelido tem a ver com a sua paixão pelos gatos e desde pequeno dizia à sua família que queria ser um deles.

Uma vez disse que não tinha uma "terra-mãe" , mas uma "água-mãe", referindo-se à tendência da cidade baixa (Beira) e localizada à beira do Oceano Índico para ficar inundada.

Iniciou o curso de Medicina ao mesmo tempo que se iniciava no jornalismo e abandonou aquele curso para se dedicar a tempo inteiro à segunda ocupação. Foi director da Agência de Informação de Moçambique e mais tarde tirou o curso de Biologia, profissão que exerce até agora.

Estreou-se no prelo com um livro de Poesia; "Raiz de Orvalho", publicado em 1983. Mas já antes tinha tido uma antologia feita para si por outro dos grandes poetas moçambicanos, Orlando Mendes (outro biólogo), em 1980, numa edição do Instituto Nacional do Livro e do Disco, resultante duma palestra na Organização Nacional dos Jornalistas (actual Sindicato), intitulada "Sobre Literatura Moçambicana".

Em 1999, a Editorial Caminho (que publica em Portugal as obras de Mia) relançou "Raiz de Orvalho" e outros poemas que, em 2001 teve sua 3ª edição.

Entre contos, romances e crónicas o escritor tem muitas obras traduzidas em alemão, francês, inglês e italiano. Em 1999, Mia Couto recebeu o Prémio Vergílio Ferreira, pelo conjunto da sua obra. Em 2007 recebeu o Prémio União Latina de Literaturas Românicas.


Fonte: Câmara de Comércio, Indústria e Agropecuária Brasil - Moçambique

CULTURA MOÇAMBIQUE

A cultura Moçambicana, como a cultura africana em geral, continua a ser apenas associada à arte tradicional. Trata-se de uma falsa ideia que muito tem contribuído para desvalorizar os seus criadores e intérpretes contemporâneos.

Ninguém fica indiferente aos nomes de Bertina Lopes, Malangatana, José Craveirinha e de Mia Couto. Reconhecidos internacionalmente levam a cultura moçambicana aos quatro cantos do mundo.

CULTURA COMTEMPORÂNEA

Arquitectos:
Moçambique, sobretudo no período colonial, produziu excelentes obras de arquitectura, acompanhando o que melhor se fazia no mundo. Entre esses arquitectos, destacam-se Amâncio de Alpoim Guedes, Guerizo do Carmo, Quirino da Fonseca, Miranda Guedes e outros.

Pintores:
Malangata, tornou-se a partir dos anos 60, um nome de projecção internacional. É dos mais reconhecidos artistas moçambicanos e já experimentou várias áreas, como pintura, desenho, aguarela, gravura, cerâmica, tapeçaria, escultura, mural. Mas a pintura moçambicana não se fica por aqui. A título de exemplo, destaquemos Ângelo de Sousa, Bertina Lopes,João Aires, João de Paulo, Sérgio Guerra, Rui Calçada Bastos entre muitos outros.
Bertina Lopes já expôs na Fundação Gulbenkian, em Portugal, no Luxemburgo, Espanha, Moçambique, Angola e Cabo Verde.

Escritores:
Mia Couto é hoje o nome mais sonante das literatura moçambicana. Entre outros nomes, lembremos Rodrigues Júnior, Guilherme de Melo, Luís Bernardo Honwana, Correia de Matos, Orlando Mendes, Ungulani Ba Ka Klosa e muitos outros.

Poetas:
José Craveirinha e Rui Knopfli são incontestavelmente os mais conhecidos, mas não nos podemos esquecer de Alberto Lacerda, Reinaldo Ferreira.

Moçambique é reconhecido pelos seus artistas plásticos: escultores e pintores (inclusive em tecido, técnica batik). A música vocal moçambicana também impressiona os visitantes. Em 2005, a Unesco reconheceu a timbila chope como um instrumento do património da humanidade. A timbila é um instrumento de percussão utilizado pela etnia chope, da província de Gaza, sul de Moçambique.

A escultura dos macondes, no norte de Moçambique é uma das artes tradicionais mais conhecidas. São de origem ética bantu e habitam uma vasta região da África Oriental. O vale do Rio Rovuma, corta o planalto maconde que se estende do norte de Moçambique ao sul da Tanzânia. Os macondes são um povo de agricultores instalados numa região árida, os seus escultores trabalham a madeira desde tempos remotos. O ébano é o material mais utilizado.

O que podemos saber sobre os nomes mais conhecidos do cenário cultural moçambicano é o que eu tentarei mostrar nas próximas Postagens...


Fonte: Câmara de Comércio, Indústria e Agropecuária Brasil - Moçambique

Mapas de Moçambique





Dança




Moçambique é dança de origem africana provavelmente de Moçambique, que lhe emprestou o nome. É mais freqüentemente dançado em São Paulo, Minas Gerais e Brasil central. Primitivamente, no Brasil, era dança de salão, levada a efeito nas Casas Grandes dos fazendeiros. Com o tempo transformou-se, deixando de ser um bailado puramente africano, para ser uma mistura de várias danças, confundindo-se, às vezes, com a congada, fandangos, etc. Estas festas são, geralmente, batizadas com nomes de santos. Atualmente, o Moçambique é dançado entre os caboclos. Tomam parte nele vários personagens: o capitão chefe e seu substituto, dois guias, dois tambores, quatro pajens que levam o chapéu de sol do Rei e da Rainha, dois capitães, espadas, coronel, alferes da Bandeira.

Indumentária: calção estreito e fechado nos tornozelos, com guizos em volta das pernas e dos joelhos. Blusa com duas faixas cruzadas ao peito. Touca na cabeça. A calça, blusa e a touca são vermelhas. Os pés descalços.

Instrumentos musicais: viola, violão, cavaquinho, caixa, pandeiro e guizos nas pernas, além da marcação do ritmo pelo bater dos bastões levados pelos dançarinos.
A “escada de São Benedito” é uma das modalidades mais interessantes do Moçambique.

Coreografia: os dançarinos colocam seus bastões em forma de X, formando losangos em esteira a uma distancia relativa ao número de componentes.
Os dançarinos dançam ao longo da esteira sem tocar nos bastões, colocando os pés nos vãos dos cruzamentos dos paus. Aquele que tocar em algum dos bastões é obrigado a retirar-se, sendo substituído por outro. Os dançarinos pulam, agacham-se, sacodem-se em frêmitos. Cantam enquanto dançam. As músicas conservam-se mais ou menos fiéis ao dialeto.



Intimamente ligado aos Congos, o Moçambique, segundo alguns, era dançado já na África Negra, e, para outros, nasceu em Vila Rica. Seus dançarinos são temidos e o folguedo é tido como atividade mágica. Cortejo que vagueia pelas ruas em determinadas festas, não possui entrecho dramático, sendo assim identificado aos Maracatus pernambucanos. Com exceção da Rainha e Porta-bandeiras, mulheres não dançam Moçambique.

O cortejo se organiza com os dois Porta-estandartes, na frente. Em seguida, vêm os Reis; atrás dele, os instrumentistas; e, no fim, os dançarinos, sempre de dois em dois. Quando param para dançar, os Porta-estandartes voltam-se para os dançarinos e os Reis também, colocando-se ou ao lado ou na frente dos estandartes. Os instrumentistas ficam aos lado das figuras principais.

A música do Moçambique se chama linha ou ponto e segue o esquema de solos, terças e coros, às vezes atingindo o falsete. Há uma introdução, na qual os moçambiqueiros entoam a melodia sem compromisso rítmico preciso, aproximando-se de um cantar declamado.
Outro dos movimentos característicos do Moçambique é quando o corpo faz uma curvatura que se inicia na cabeça, vai até os ombros e, a partir daí, toma todo o corpo, que se torna abaulado.



O pé direito carrega mais gungas – latinhas com chumbo por dentro, amarradas com correias de couro às pernas dos dançarinos – que o esquerdo, geralmente quatro, e o som é mais grave. É ele quem marca o tempo forte, que “chama”. Com três gungas, o pé esquerdo “responde” em repique que é uma variação de terceira ou tercina.
Há variações do “chamar” e “responder”.

Exemplos: abertura arrastando pelos dedos e metatarsos, que se fecha “chamando” com todo o pé, com ênfase da força do calcanhar; entrada de um e outro, pelo calcanhar; “avanço” e “chamada” com todo o pé direito, enquanto o pé esquerdo, atrás, em ponta, marca o repique.

Não há uma ordem predeterminada das danças. Os dançarinos mais hábeis mudam a coreografia e os demais os seguem. Entre uma dança e outra há sempre a louvação aos santos, em solo e coro, num recitativo que é gemido e não cantado. Os textos são religiosos, vagamente tradicionais e podem estar relacionados à parte representativa das danças.




O que caracteriza o movimento da guarda do Moçambique da comunidade dos Arturos, em Minas Gerais, é o molejo dos joelhos e a intenção, presente em todo o corpo, de ir ao fundo da terra, uma metáfora ao mastro que se finca.

Seu movimento mais marcante é o avanço e o pequeno recuo, cujas raízes estão numa lenda que conta que, num confronto entre duas guardas, um dos capitães deixou cair seu bastão numa moita, transformando-o em uma cobra. O capitão da guarda que iria passar pelo local, então, determinou que se tomasse muito cuidado. Daí os movimentos que parecem averiguar os perigos do caminho.

Há momentos em que uma alternância de movimentos das omoplatas provoca uma torção externa que penetra no corpo e se acentua pela força de tração das gungas.
O bater das gungas, somado à pulsação, libera os braços, a partir dos ombros, ou os retém, a partir dos cotovelos, ao recolher e fechar das mãos.


Fonte: terrabrasileira.net

Dados Básicos



. Data da Independência: 25 de Junho de 1975
. Chefe do Estado: Armando Emílio Guebuza
. Sistema político: Multipartidário (Constituição de 1990 e 2004 )
. Assembleia da República: 250 lugares (3ªs eleições gerais de 2004 )
. Localização: Moçambique é localizado estrategicamente na costa oriental de África Austral, e é a porta de entrada para 6 países do interior
. Area: 799 390 km2 (13 000 km2 de águas interiores)
. População: 19.420.036 (Ano: 2005 - Fonte: INE )
. Clima: Sub-tropical até tropical (de sul para norte)
. Capital: Cidade de Maputo (estatuto de província)
. Províncias: Cabo Delgado, Niassa, Nampula, Tete, Zambezia, Manica, Sofala, Inhambane, Gaza, Maputo
. Línguas Oficial: Português
. Religiões Tradicionais: africana, Cristã (Católica e Protestante), Islâmica, Hindú
. Recursos naturais: Energia hidroeléctrica, gás, carvão, minerais, madeiras, terra agrícola
. Exportações principais: Camarão, algodão, cajú, açucar, chá, copra
. Moeda: Metical (MT)
. Câmbio: US$1 = 19.663,00 MT (Fonte Banco de Moçambique 14/04/2005)
. PIB per capita: US$ 236.9 (1998)
. PIB crescimento: 9% (1999)
. Vistos: Vistos de entrada podem ser tratados antecipadamente, nas missões Diplomáticas de Moçambique no estrangeiro ou directamente junto da Direcção Nacional de Migração. Vistos de trabalho ou de residência são obrigatoriamente solicitados à Migração.Entretanto, visitantes de Paises onde não existe uma Representação Diplomática Moçambicana, podem comprar Vistos na fronteira.



Fonte: Centro Cultural Luso Moçambicano

Economia de Moçambique

Cerca de 45% do território moçambicano tem potencial para agricultura, porém 80 por cento dela é de subsistência. A reconstrução da economia (após o fim da guerra civil em 1992, e das cheias de 2000) é dificultada pela existência de minas terrestres não desactivadas. O Produto Interno Bruto de Moçambique foi de 3,6 biliões de dólares em 2001. O país é membro da União Africana e também pratica extracção de madeira das florestas nativas

Principais produtos agrícolas (dados de 1997)

Algodão
Cana-de-açúcar
Castanha de caju
Copra (polpa do coco)
Mandioca.

Pecuária (dados de 1996)

Bovinos (1,3 milhões)
Suínos (175 mil)
Ovinos (122 mil)

Minérios: carvão, sal, grafite, bauxita, ouro, pedras preciosas e semipreciosas. Possui também reservas de gás natural e mármore.
Indústria: alimentos; têxtil; vestuário; tabaco; química; bebidas (cerveja).

O país tem um grande potencial turístico, destacando-se as zonas propícias ao mergulho nos seus mais de dois mil quilómetros de litoral, e os parques e reservas de animais no interior do país. Para atrair investimentos estrangeiros, criou o Corredor de Desenvolvimento de Nacala (CDN), junto ao porto daquela cidade, com acesso rodoviário, suprimento de energia eléctrica, e com ligação por ferroviária até ao vizinho Malawi.


Fonte: Comunidade Luso África